Procedimentos minimamente invasivos ajudam a prevenir a perda de colágeno e preservar os contornos do rosto. Dra. Natássia Pizani Mazza explica os principais métodos disponíveis.
A flacidez facial é um processo natural que acompanha o envelhecimento da pele, mas que pode — e deve — ser tratado logo nos primeiros sinais. De acordo com a dermatologista Dra. Natássia Pizani Mazza, quanto mais cedo houver intervenção, melhores são os resultados estéticos e funcionais.
“É um erro comum esperar a flacidez se acentuar para só então buscar tratamento. Quando ela ainda está em estágio inicial, conseguimos estimular o colágeno da pele com muito mais eficácia, e os resultados são mais sutis e naturais”, afirma a médica.
Ela explica que a perda de colágeno começa por volta dos 25 anos e vai se intensificando com o tempo, agravada por fatores como exposição solar, má alimentação, tabagismo e até emagrecimentos bruscos. “Muitas pessoas acham que só devem se preocupar com a flacidez depois dos 40, mas isso não é verdade. O ideal é começar os cuidados preventivos ainda jovem”, diz.
Entre os procedimentos recomendados para essa fase, a dermatologista destaca os bioestimuladores de colágeno, que agem de dentro para fora. “São substâncias como o ácido polilático e a hidroxiapatita de cálcio, que estimulam as células a produzirem colágeno novo. Isso fortalece a estrutura da pele e melhora muito a firmeza ao longo dos meses.”
Outro tratamento eficaz é o ultrassom microfocado, que atua profundamente na pele. “Essa tecnologia promove um aquecimento controlado em camadas específicas da pele, provocando um efeito lifting gradual. É um ótimo recurso para quem busca resultados visíveis, mas sem recorrer a cirurgias”, explica a médica.
A radiofrequência fracionada e alguns tipos de laser também são aliados importantes. “Eles melhoram a textura da pele e ajudam a tratar flacidez leve. Podem ser indicados sozinhos ou em combinação com outros procedimentos.”
Dra. Natássia ainda lembra que, mesmo em casos iniciais de flacidez, o uso estratégico da toxina botulínica e de preenchimentos suaves pode preservar os contornos faciais e retardar o avanço da perda de sustentação. “Não se trata de mudar os traços, mas sim de prevenir as marcas do tempo com naturalidade.”
Além dos procedimentos clínicos, a dermatologista reforça a importância dos cuidados diários com a pele. “Usar filtro solar todos os dias, manter uma boa rotina de skincare e ter hábitos saudáveis é o básico para conservar o colágeno e a firmeza da pele.”
Para a especialista, tratar a flacidez facial na fase inicial é mais do que uma questão estética — é uma forma de cuidar da autoestima ao longo da vida. “Envelhecer bem é possível, mas exige atenção e acompanhamento. A medicina dermatológica está aqui para ajudar nesse processo com segurança e responsabilidade.”