Ao anunciar a construção de um Complexo Hospitalar Municipal que contará com 250 leitos de internação, 10 salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e suporte de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), acertou no alvo, pois, as últimas pesquisas realizadas pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência apontaram que, mesmo tendo melhorado mais recentemente, a questão da saúde ainda é a principal preocupação da população da Capital.
A gestora informou que a implementação da nova unidade de saúde será fruto de uma Parceria-Público-Privada (PPP) e o investimento previsto é de R$ 200 milhões, reunindo em um só local o atendimento especializado e de diagnóstico, tendo a oferta de procedimentos de cirurgia geral, como hernia, vesícula, oftalmologia, ortopedia e pediatria, além de exames de ressonância, tomografia, ultrassom, colonoscopia, endoscopias, entre outros.
Na prática, o hospital municipal chega para desafogar a Santa Casa, Hospital Regional, Hospital Universitários e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), pois, apesar de ainda não ter um milhão de habitantes, conforme o IBGE, a Capital tem 1,6 milhão de carteirinhas do SUS, pois o município recebe pacientes das cidades do interior de Mato Grosso do Sul, do Acre, de Rondônia e até da Bolívia e do Paraguai.
Por isso, a importância da preocupação da prefeita com as mães, com as famílias e com o bem-estar da população, tanto de Campo Grande, quanto de outras cidades de Mato Grosso do Sul, de outros Estados e até de outros países. Quem vai ganhar com isso são as pessoas sem condições de pagar por atendimento privado de saúde, sendo que a própria prefeita disse isso ao explicar que o objetivo da implementação do Complexo Hospitalar Municipal é ampliar a oferta de serviços e absorver parte da demanda reprimida por exames de diagnóstico e cirurgia, tendo a capacidade de atender uma média de 1,5 mil pessoas.
Adriane Lopes completou que há 1 ano e meio a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), tendo o suporte do Ministério da Saúde, vem estudando a necessidade da criação desta unidade, diante do aumento na demanda, sobretudo de procedimentos eletivos e exames, impulsionada pela pandemia de Covid-19. “Com essa nova unidade em funcionamento, iremos dobrar a nossa capacidade de atendimento e assegurar à população uma assistência mais célere e de melhor qualidade”, comentou.
Ainda segundo a prefeita, até o momento, três locais estão sendo avaliados para a construção do complexo. A expectativa é de que as obras sejam iniciadas ainda este ano com previsão de entrega de 12 meses. “Buscamos a expertise em outros municípios, como é o caso de Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte onde, através da Parceria Público-Privada, foi possível implementar estruturas de atendimento semelhantes, com resultados significativos”, destacou.
Conforme o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, a nova unidade deve contar com uma área total de 15 mil metros quadrados, sendo 10 mil metros quadrados de área construída, que irão abrigar toda a estrutura de atendimento. O complexo deverá contar também com um heliponto para receber vítimas com necessidade de atendimento imediato.
“Com a unidade em funcionamento, iremos conseguir absorver a demanda de pacientes que hoje se encontram nas dez unidades de urgência e emergência do município, além de boa parte da fila por exames e procedimentos de pequeno e médio porte que caso não sejam realizados com maior brevidade possível podem evoluir para complicações maiores, aumentando assim a complexidade e, consequentemente, sobrecarregando ainda mais os nossos serviços”, disse.