O Xiaomi Pad 6 recebeu a versão global em julho de 2023. Por isso, o tablet mais robusto da chinesa passou pela banca de testes do Canaltech para que você saiba se ele vale a pena. Confira a nossa opinião na análise completa.
Design e tela
O Xiaomi Pad 6 recebeu uma renovação bem-vinda em seu design. Agora, o produto está visualmente mais premium, já que o seu corpo é todo em alumínio, aposentando o plástico da parte traseira que vimos no Xiaomi Pad 5.
O botão de controle de volume fica na lateral direita, e o de energia no topo. Para quem é destro, as posições auxiliam no acesso rápido para ajustar o som ou desligar o tablet.
Sua tela é grande, tendo 11 polegadas e resolução 1.800 x 2.880 pixels. Como vantagem, o display tem taxa de atualização de 144 Hz. A fluidez é agradável, e, apesar de o painel ser LCD, a qualidade é boa e o nível de brilho agrada em diferentes condições de luz.
Desempenho
O Xiaomi Pad 6 tem o processador Snapdragon 870 5G. Para complementar as especificações, o tablet tem alternativas 6 GB e 8 GB de memória RAM, e 128 GB e 256 GB de armazenamento interno.
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O desempenho dele é ótimo, e não senti travamentos ao longo do uso, tanto para navegabilidade geral quanto em jogos mais pesados presentes na Play Store. Sua pontuação no AnTuTu é superior à do iPhone 14.
Câmera
A qualidade fotográfica do Xiaomi Pad 6 não se distancia do que vemos na maioria dos tablets. A câmera traseira de 13 MP é razoável, com baixo nível de nitidez, apesar de acertar nas tonalidades.
O mesmo vale para o sensor frontal de 8 MP, porque as selfies ficam próximas das obtidas no Redmi 12C, que é um dos modelos mais básicos da Xiaomi. No entanto, para quem precisa de uma câmera apenas para videochamadas, dá para utilizar tranquilamente.
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Bateria
A bateria do tablet tem 8.840 mAh, e ele precisa de 1 hora e 40 minutos para ser recarregado a uma potência de 33 W. O Xiaomi Pad 6 é capaz de entregar uma autonomia de até 18 horas.
Essa estimativa é baseada nos testes de uso prático do Canaltech, com 6 horas de uso intenso. Apesar de ser um saldo positivo, ainda é abaixo do Galaxy Tab S9 Ultra, que é uma alternativa mais robusta no quesito bateria.
Recursos e conectividade
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A Xiaomi entrega compatibilidade com capa teclado e caneta stylus no Pad 6. Entretanto, a fabricante chinesa não disponibiliza os acessórios na caixa. A interface do tablet é a MIUI 14, baseada no Android 13.
No geral, parece que o sistema é mais otimizado para tablet do que para smartphone, já que a dinâmica de uso é intuitiva e interessante. Algo que me incomodou, contudo, foi o travamento de alguns aplicativos, principalmente o Instagram. A Meta precisa lapidar melhor a rede social para dispositivos móveis com tela grande.
Apesar de possuir a plataforma da Qualcomm compatível com a conectividade 5G, o aparelho não tem esse recurso, sendo utilizável apenas via WiFi. Além disso, o tablet tem rede WiFi de banda dupla (2,4 GHz e 5 GHz) e Bluetooth 5.3.
Concorrentes diretos
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O iPad 10.2 é uma boa alternativa ao Xiaomi Pad 6. O aparelho de 2021 tem o processador A13 Bionic, que entrega ótimo desempenho. No entanto, a alternativa mais acessível tem apenas 64 GB, e isso pode ser um ponto negativo para quem precisa de espaço. Por outro lado, o preço próximo aos R$ 3.200 pode ser um atrativo para quem curte o sistema iPadOS.
Outra opção é o Galaxy Tab S9. Mas, apesar de entregar uma performance melhor, seu preço pode ser um ponto negativo, comparado ao modelo da Xiaomi. Isso porque o tablet da sul-coreana tem o valor próximo de R$ 5.500, que é quase o dobro do cobrado pelo Pad 6.
O Xiaomi Pad 6 vale a pena?
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O Xiaomi Pad 6 vale a pena. O tablet é um bom aliado de quem gosta de dispositivos da marca chinesa, e está adaptado com a MIUI. O produto é interessante para estudantes e pessoas que fazem um uso mais híbrido.
Isso porque a tela de 11 polegadas é de boa qualidade em resolução e saturação. Por outro lado, quem deseja um uso ainda mais remoto pode sentir falta do acesso à rede, ficando “refém” do WiFi continuamente.
O modelo pode ser adquirido por menos de R$ 2 mil via importação, mas as novas regras de taxação fazem dele um produto caro nesse formato de compra. Em contrapartida, no Brasil ele custa menos de R$ 3 mil, demonstrando que vale mais a pena adquirir diretamente no país.