Agosto é o mês de conscientização e prevenção a leishmaniose, doença que pode infectar tanto cães e gatos, assim como humanos, transmitida por meio da picada de mosquitos palha. Estima-se que 20% da população canina do município esteja contaminada com o protozoário e, por esse motivo, a Prefeitura de Campo Grande por meio da Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea), vai realizar ao longo de todo o mês ações educativas para população.
O objetivo é passar informações relevantes sobre a prevenção da enfermidade tanto nos animais quanto em humanos, visando a redução da incidência da doença.
Para a secretária da Subea, Ana Luiza Lourenço, essas ações são de grande importância visto que Campo Grande se encontra numa região endêmica. “Alertar a população sobre os riscos e sintomas, tanto em animais quanto em humanos, garante qualidade de vida e menor gravidade nos casos”.
A veterinária da Subsecretaria, Giselle Tavares, destaca que semanalmente muitos animais de tutores que procuram a Subea, chegam com algum indicio clinico de que possuem a doença. “Lesões na pele, principalmente nas pontas das orelhas, crescimento exagerado das unhas, emagrecimento e queda de pelo são alguns dos sintomas”, alerta.
Ela ainda ressalta que a doença não tem cura, mas tem tratamento. “Após avaliação clínica e exames complementares, podemos indicar o melhor protocolo de tratamento para o animal”.
A cadela Luna chegou até a Subea com o diagnostico confirmado de Leishmaniose. A tutora Jaqueline Viegas, conta que já tinha procurado tratamento, mas não estava vendo evolução. Após ser avaliada pela veterinária da Subsecretaria, Luna mudou o tratamento e agora está muito saudável.
“Eu acho interessante falar mais sobre a doença, porque um monte de gente quando vê o antes e depois dela fica admirado, achando que a leishmaniose é uma sentença de morte, quando na verdade com o tratamento adequado, o cachorro se recupera 100%”, destacou.
Como prevenir
Para prevenir a doença é importante que o tutor mantenha os quintais livres de matéria orgânica como folhas, fezes de animais e restos de comida, já que é nesse material acumulado que as fêmeas do inseto põem seus ovos e geram uma grande quantidade de novos mosquitos que irão transmitir a doença para pessoas e cães.
O uso de coleiras e inseticidas também garantem qualidade de vida do animal.
Giselle destaca ainda que a menor mudança de comportamento ou aspectos físicos no seu animal é indicado procurar ajuda imediata de um veterinário.
Castração
Além do mosquito palha, a leishmaniose também é transmitida de forma transplacentária, transmamária e pelo sêmen, ou seja, de cadelas e cães para seus filhotes. Por isso a veterinária ressalta a importância da castração dos animais para evitar a proliferação de animais positivos para a doença.
A Subea possui programa de castração gratuita para cães e gatos, machos e fêmeas, de Campo Grande.
Para participar do programa de castração da Subsecretaria, o tutor interessado deve apresentar o número do NIS, documento de identidade oficial com foto e comprovante de residência.
São disponibilizados 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30 e 15 senhas à tarde, a partir das 13 horas. Ao comparecer na sede da Subea, o tutor já deve levar o pet. O animal será avaliado e microchipado pela equipe veterinária e estando apto para a castração, já sairá com o encaminhamento com o local, data e hora do procedimento agendado.