Em breve o Parque das Nações contará com uma nova atração turística, a Casa Pantanal, cedida para a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), em 2021. A reforma e revitalização do espaço somou um total de R$ 899.318,47 de investimento feito pela concessionária.
No entanto, o local está rodeado por tapumes e conforme informações da concessionária não há previsão do lançamento por depender de um posicionamento governo. Embora a reabertura estivesse programada para o primeiro semestre de 2023.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do governo, mas até o fechamento da reportagem não obteve retorno.
Crédito: Laura Brasil
Concessão
No dia 5 de junho de 2021, estiveram no espaço a engenheira ambiental da Sanesul, Dulcélya Mônica de Queiroz Souza, responsável pela Gerência de Meio Ambiente da autarquia, e o arquiteto da Agesul, Adanilto Faustino de Souza Junior, para uma vistoria técnica. Também esteve presente o gestor do Parque das Nações Indígenas, Odilon Luiz Rigo.
Em conversa, a assessoria da Sanesul informou que a obra está concluída “entretanto, os trâmites quanto à sua utilização pela sociedade estão em fase final de estudo e, em breve, serão divulgados à população”.
Espaço Sanesul
No dia 2 de dezembro de 2021, o Governo do Estado e a Sanesul assinaram uma ordem de serviço para reforma e readequação do Novo Espaço Sanesul no Parque das Nações Indígenas – A Casa Pantanal.
Na época, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o então secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, junto com o presidente da Empresa, Walter Carneiro Jr., assinaram a ordem de serviço para a reforma e readequação da Casa do Pantanal.
“As instalações do Espaço da Sanesul composta de atendimento ao museu, biblioteca, auditório, sala de oficina, cafeteria e demais ambientes.O projeto é importante para a empresa e vem sendo pensando desde 2019, quando assinado termo de cessão administrativa do local”, conforme explica a Sanesul.
A ideia inicial, conforme idealizado pelo diretor-presidente da estatal, Walter Carneiro Junior era que o espaço fosse aberto à comunidade. Um local que promovesse encontros e reuniões.
“Também pretendemos fornecer a possibilidade de reflexão e construção do pensamento voltado ao meio ambiente, saneamento e ações educacionais que caminhem em direção à sustentabilidade de Mato Grosso do Sul. É um projeto grande que está sendo possível com a parceria firmada entre o município e estado”, disse Walter.
Histórico
A Casa do Pantanal está localizada no Parque das Nações Indígenas, na região leste de Campo Grande. O projeto foi concebido e idealizado pela Fundação Manoel de Barros, com início em 2005, na gestão Zeca do PT.
A Fundação obteve recursos do Ministério do Turismo para construir a casa, em estilo de casa de fazenda. O Governo do Estado cedeu o terreno, e a Pasta cedeu R$ 600 mil reais e a Fundação Manoel de Barros entrou com contrapartida de R$ 200 mil para a construção da casa, que foi terminada em 2012, na gestão de André Puccinelli (MDB).
Em dezembro de 2013 foi realizado um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira, pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS (Fundect) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A nova proposta do Projeto Casa do Pantanal não se distanciava do projeto original. A adequação foi elaborada para tornar o espaço mais versátil. Outro aspecto relevante é manter a rusticidade da casa.
A proposta original da Casa do Pantanal era de valorizar a preservação e divulgação da Memória Cultural do Pantanal de Mato Grosso do Sul, conforme anunciado em 2015, primeiro ano da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
“O Projeto Casa do Pantanal é um ambiente concebido não só para preservar os bens culturais mais significativos, como também para ser um lugar permanente de exposição de objetos e de imagens relevantes para a criação de um acervo da memória social, cultural, política e econômica do Pantanal. A Casa do Pantanal pretende ser um ponto de referência no Estado, para turistas, estudantes e admiradores que desejarem conhecer um pouco da memória pantaneira”, diz texto publicado no sítio oficial da Fundação de Cultura.