Deputada Lia Nogueira cobra ativação imediata da estrutura e alerta para risco sanitário na Aldeia Limão Verde
A comunidade indígena Limão Verde, no município de Amambai (MS), enfrenta uma situação crítica de escassez de água, mesmo após a perfuração de um poço profundo na região. A obra, realizada por meio de uma parceria entre a Sanesul e a Itaipu Binacional, permanece inativa por falta de conexão à rede, sistemas de bombeamento e distribuição, impedindo que a água chegue às famílias.
A denúncia foi levada à tona durante uma reunião entre lideranças indígenas e a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB), realizada em Dourados. Segundo relatos, os moradores estão recorrendo a galões plásticos descartados por produtores rurais, inclusive recipientes que anteriormente armazenaram agrotóxicos, para transportar e armazenar a pouca água disponível.
“Eles estão utilizando galões de agrotóxicos, porque não há reservatórios. Isso é o que está disponível. Já houve morte de criança indígena por consumir água contaminada. É uma situação grave e insustentável”, denunciou Lia Nogueira.
Infraestrutura parada e risco sanitário
Apesar do poço estar tecnicamente pronto, ele não foi interligado à rede nem recebeu os sistemas de bombeamento, impossibilitando seu funcionamento.
Diante da gravidade, a deputada protocolou uma indicação oficial ao governador Eduardo Riedel (PSDB), ao secretário de Estado de Infraestrutura, Guilherme Alcântara, e ao diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio da Silva, solicitando a ativação imediata do poço.
Além disso, a parlamentar pede que o Estado viabilize a aquisição de 500 caixas d’água de 500 litros, destinadas às famílias da Aldeia Limão Verde e de outras comunidades indígenas da região.
“Não estamos pedindo favor, estamos exigindo um direito”
“Essa é uma demanda urgente. Não se trata de um projeto novo ou de uma obra que ainda precisa ser feita. A estrutura está pronta. Só falta gestão e ação. A água é um direito básico, não é favor”, declarou Lia Nogueira.
Segundo dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), mais de 50% das comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul convivem com dificuldades no abastecimento de água, o que agrava os riscos à saúde pública, especialmente de crianças e idosos.
Apoio do governo federal também foi solicitado:
A deputada informou que também encaminhou um ofício à ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, solicitando que o governo federal, por meio da Sesai, atue emergencialmente na aquisição das caixas d’água, até que a solução definitiva — a ativação do poço — seja concretizada.
Resumo das principais reivindicações:
- ✔️ Ativação imediata do poço perfurado na Aldeia Limão Verde;
- ✔️ Aquisição emergencial de 500 caixas d’água para famílias indígenas da região;
- ✔️ Apoio do governo estadual e federal na solução do problema de abastecimento de água;
- ✔️ Ações urgentes para proteger a saúde das comunidades e evitar novos casos de contaminação.