Festival de Inverno de Bonito começa amanhã, com atrações como Iza, Emicida, Fafá de Belém e mais

Finalmente chegou a hora. De amanhã a domingo, a 22ª edição do Festival de Inverno de Bonito (FIB) traz para Mato Grosso do Sul atrações nacionais e regionais que certamente vão agradar aos mais diversos gostos musicais. O FIB 2023 é uma realização do governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, do Sesc-MS e da prefeitura de Bonito.

Na quarta-feira, a abertura ficará por conta da Orquestra Jovem Sesc-MS e da cantora Fafá de Belém. A orquestra, inclusive, surgiu por meio dos cursos de Música na unidade Sesc Lageado em Campo Grande. Criada com o intuito de desenvolver a prática em conjunto, tem em sua formação os naipes de cordas friccionadas, percussão e madeiras. 

Alguns componentes participaram da gravação de um DVD da cantora Tetê Espíndola, no ano passado, gravado no Teatro Glauce Rocha, a convite da Orquestra Sinfônica de Campo Grande.

Nascida Maria de Fátima Palha de Figueiredo, em Belém (PA), a carismática e risonha Fafá de Belém é a atração nacional que vai abrir a edição deste ano do FIB. Fafá ganhou reconhecimento no País quando, em 1975, a canção “Filho da Bahia”, composta por Walter Queiroz e cantada por ela, foi introduzida na trilha sonora da novela “Gabriela”.

Neste ano, Fafá completou 48 anos de carreira, com mais de 15 milhões de álbuns vendidos entre Brasil e Portugal. Já gravou mais de 30 álbuns, entre CDs, DVDs e EPs, além de ter acumulado participações em coletâneas de sucesso e com outros artistas. A cantora é também embaixadora da Unicef para a região amazônica por suas ações e seus serviços prestados às causas infantis e aos adolescentes contra a exploração e a prostituição de menores.

Na quinta-feira é a vez da banda Bala Desejo e Paulinho Moska com Maria Gadú subirem ao palco. A Bala Desejo é formada pelo jovem grupo que se conhece a vida toda, Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra. Requisitados por grandes festivais do Brasil e do mundo, juntos eles se tornaram expoentes da nova geração musical e, inclusive, são ganhadores do Grammy Latino 2022, com o primeiro álbum lançado, intitulado “Sim Sim Sim”.

Já Paulinho Moska começou a construir sua carreira solo a partir de 1993 com o disco “Vontade”, passando, então, a produzir uma discografia repleta de canções inspiradoras, as quais falam, sobretudo, de amor à vida. São 25 anos escrevendo canções em que as letras se destacam tanto quanto a música. Durante a pandemia de Covid-19 – e até agora –, Moska tem se dedicado a produzir conteúdos ricos e diversos. A dobradinha com Maria Gadú promete deixar sua apresentação, que fez sucesso nos anos 1980 e 1990 como integrante do grupo performático Inimigos do Rei, ainda mais instigante.

BOLA DA VEZ

Na sexta-feira, sobem ao palco na Praça da Liberdade, onde serão realizados todos os shows do FIB, os Gilsons e a cantora Iza.

Trio musical de MPB, formado em 2018 por José Gil, Francisco Gil e João Gil, respectivamente, filho e netos de Gilberto Gil, os Gilsons já lançaram um EP de estreia – “Várias Queixas” (2019). O resgate das influências baianas e da ancestralidade marca a música do grupo. Samba, rap, funk, afoxé e pop com uma pegada eletrônica estão entre as sonoridades que compõem a amálgama do trio.

Isabela Cristina Correia de Lima Lima, mais conhecida pelo nome artístico Iza, lançou seu primeiro álbum – “Dona de Mim” – em 2018 e recebeu uma indicação ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa. Em 2019, a cantora estreou como jurada no “The Voice Brasil”.

O estilo musical de Iza é classificado majoritariamente como R&B, mas também inclui outros gêneros específicos, como o pop, o reggae, o fusion e o soul, além de ela já ter colocado elementos da cultura afro-brasileira nas suas canções, como o berimbau em “Ginga”. Iza cita como suas maiores referências musicais as cantoras Etta James, Donna Summer, Elza Soares, Alcione, Rihanna e Beyoncé.

EMICIDA E PARADURA

No sábado é a vez de se apresentarem a cantora Juliana Linhares e o rapper Emicida. Ao se ver sozinha durante a pandemia, Juliana Linhares assumiu as rédeas de sua história e lançou o álbum autoral “Nordeste Ficção”, que traz a região em que nasceu para o centro do debate.

Moradora do Rio de Janeiro desde 2010, a artista chama para si a missão de quebrar os estereótipos sobre seu povo. 

Aos 32 anos, Juliana cruza as fronteiras e leva seu som para palcos dentro e fora do País. Cantora, compositora, atriz e diretora, a potiguar Juliana Linhares é, simplesmente, a bola da vez.

Por sua vez, desde que começou a dar os primeiros passos no rap, nas batalhas de freestyle, lá pelo ano de 2006, Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, sabia que queria ter uma carreira sólida. Talvez ele não soubesse que construiria alicerces consistentes o suficiente para ir além do seu próprio sonho.

Assim, se tornou a principal referência de sua geração no rap. Suas importantes declarações e ideias sobre o panorama do mundo, seja na esfera política, cultural, seja sobre o social, tornou Emicida um dos mais importantes pensadores contemporâneos do País.

Para encerrar o FIB com chave de ouro, no domingo, sobe ao palco o Trio Parada Dura. Formado em Minas Gerais em 1971, é considerado um dos maiores, mais antigos e mais bem-sucedidos grupos musicais de música sertaneja do Brasil. Atualmente, estão em sua oitava formação, com Creone, Leonito e Xonadão.

O trio alcançou o sucesso nacional em 1981 com o lançamento do LP “Último Adeus”, em que interpretou as canções “Fuscão Preto” e “Arapuca”. Ao longo da carreira, o Trio Parada Dura recebeu 11 discos de ouro e 3 de platina.

ATRAÇÕES REGIONAIS

A organização do FIB 2023 divulgou, na semana passada, a relação completa das atrações regionais selecionadas para a programação do evento, com direito a cachês que variam de R$ 3 mil a R$ 12 mil. 

A data, o horário e o local dessas atrações ainda não foram divulgados oficialmente. Acompanhe as atualizações da programação pelo site festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br.

São oito atrações musicais, entre as quais a cantora Renata Senna, o grupo de rap Falange da Rima e a banda Canaroots. Ainda na programação, quatro montagens teatrais, quatro espetáculos circenses e de dança, quatro produções audiovisuais, quatro performances de hip-hop e de live painting, além de 20 nomes das artes visuais para residência artística, exposições temporárias e 10 coleções assinadas por nomes locais.

O investimento do governo do Estado para a 22ª edição do Festival de Inverno de Bonito festival é de R$ 7 milhões. A expectativa é que o FIB reúna, em seus cinco dias de programação, um público de aproximadamente 100 mil pessoas.

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