Entrevista com o médico Ricardo Ayache, na Rede Top FM

O presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache, foi o entrevistado desta terça-feira (8) do programa “A Banca”, da Rede Top FM, e fez questão de destacar que os sul-mato-grossenses estão cuidando melhor da saúde, fazendo mais exercícios, lotando as academias e adotando uma alimentação mais saudável.

“É um problema importante a questão do sobrepeso e da obesidade para a saúde pública, então, precisamos ter mais cuidados e também ficar mais atentos às descobertas científicas para essa área da medicina”, aconselhou.

Outro ponto abordado pelo médico Ricardo Ayache foi a questão do envelhecimento da população. “Eu sempre falo sobre esse tema, que é o maior desafio em um futuro muito próximo. Vi uma matéria recentemente que no Japão os idosos estão sendo praticamente assassinados por familiares porque eles não dão conta de cuidar”, alertou.

Ele ressaltou que o Japão é um país desenvolvido, onde o respeito aos idosos é enorme e onde existe uma cultura de cuidado importante. “Então eu penso que é um debate fundamental, olhando para o cenário brasileiro, onde há um envelhecimento muito rápido e em um país que ainda está em desenvolvimento com muitas desigualdades”, disse.

O presidente da Cassems lembrou que existe uma preocupação, mas não existe ainda alternativas para lidar com a questão. “As autoridades estão começando a se dar conta disso agora. E, realmente, taxa de natalidade menor e longevidade maior, com as pessoas vivendo mais, surge um problema importante, pois muitas famílias dependem do orçamento e da aposentadoria do idoso para sua sobrevivência, então, é um problema gravíssimo”, pontuou.

Ainda na entrevista, Ricardo Ayache abordou a questão da regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul. “A falta de infraestrutura nos hospitais do interior do Estado motivou a Cassems a fazer um trabalho de desenvolvimento, levando atendimento de maior complexidade, como UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), com serviços de hemodinâmica, ressonância e tomografia”, revelou.

Depois, completou o médico, quando teve oportunidade, a Cassems construiu um hospital em Campo Grande, que se tornou referência. “Nós fizemos hospitais da Cassems com essa mesma qualidade em Dourados, em Corumbá, Três Lagoas e Ponta Porã. Por isso, a gente tem essa felicidade de ter a confiança dos servidores para poder atuar na gestão da Cassems”, assegurou.

O presidente da Cassems também entrou no assunto da formação médica em Mato Grosso do Sul e no Brasil. “Nós temos hoje uma quantidade absurda de faculdades. Nós temos muitos médicos recém-formados e poucas vagas para especializações para residências médicas. Então, isso também contribui para uma formação médica inadequada e que, claro, se ela é inadequada, põe em risco as pessoas e também encarece o sistema pelo mau uso”, analisou.

Perguntado sobre a parceria da Cassems com a KPMG Brasil, é uma das maiores empresas de prestação de serviços profissionais, ele explicou que a empresa tem uma característica que é a prestação de servidores e, obviamente, o contrato com ela foi para dar o máximo de transparência em relação às ações e prestação de contas.

“A gente desde o início presta contas para a ANS (Agência Nacional de Saúde) e presta contas para o servidor. Por isso, tem uma auditoria externa desde a fundação da Casssems, sendo que isso é o que cabe por lei de obrigações para nós. Ainda em 2013, já presidente, implantamos o primeiro portal da transparência de um plano de saúde brasileiro e isso foi algo importante”, recordou.

Ayache acrescentou que decidiu contratar uma das maiores consultorias e auditorias do planeta, que é a KPMG Brasil. “Nós tivemos mais acesso do serviço da empresa e fizemos essa contratação porque ela fará a auditoria externa da Cassems neste ano de 2025. Isso é importante para a gente garantir que os processos estão sendo feitos dentro dos padrões estabelecidos mundialmente e isso para nós é muito importante”, concluiu.

Assista a entrevista completa pelo link:

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