Em entrevista a Rede Top FM, Senador Nelsinho Trad afirma que vai propor audiência pública sobre a BR-163

Nelsinho reforça que vai em busca da reeleição em 2026
Top FM

Durante entrevista exclusiva concedida nesta sexta-feira (10) ao Jornal da Top, do Rede Top FM, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) reforçou que vai tentar a reeleição em 2026 e aproveitou também para fazer um balanço sobre o trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul e a proposta de audiência pública da BR-163.

“Bom, muita gente aí está falando que são duas vagas para o Senado, que vão fazer isso, que vão fazer aquilo. Eu tenho muita entrega e eu já fiz. Portanto, minha legitimidade está instituída”, reforçou o parlamentar.

Nelsinho completou que, nessa situação, a preocupação de vencer ou não a eleição para o Senado em 2026 que tem que ter são os seus adversários. “Eu penso que a preocupação é mais de quem vai concorrer comigo do que de mim para com quem eu vou concorrer. Eu tô firme no propósito da minha reeleição”, assegurou.

Ele ainda ressaltou que a vida de um senador da República é uma evolução constante e que é preciso sempre se atualizar, se reinventar, se colocar de acordo com o que o tempo exige.

“E, em cima disso, cumprir meus compromissos. Nos mandatos que a gente desenvolveu, com um perfil sempre conciliatório, um perfil produtivo, de muito trabalho, de muita dedicação, temos conseguido levar para frente os anseios dos municípios de Mato Grosso do Sul”, garantiu.

Trajetória

O senador lembrou que, quando chegou ao Senado, encontrou um senador que já está lá há algum tempo e ele lhe falou que lá era tudo diferente.

“Eu perguntei o porquê e ele disse que logo eu iria trombar com um ex-presidente da República, com um ex-governador e com um ex-ministro. Portanto, era para eu ficar preparado que ali era uma Casa, que não é à toa que tem o nome de Casa Alta, porque era o parlamento do equilíbrio”, recordou.

Ele prosseguiu, destacando que o Senado é a Casa que, quando chegam às polêmicas, os senadores têm o dever, “como diz no jargão do futebol, de matar no peito, colocar no chão e fazer a distribuição com a bola redonda”.

“Eu me lembro que, quando era prefeito, acordava de madrugada para pegar o voo para ir a Brasília e ficava, muitas das vezes, feliz pelo que via lá, mas quando eu chegava aqui na minha cidade, logo vinha a decepção porque as coisas que eu encaminhava lá não chegavam na ponta como eu gostaria que chegasse”, revelou.

Por isso, acrescentou Nelsinho, procurou agir, fazendo com que aqueles que vão lá ao Senado, os prefeitos e os vereadores dos municípios de Mato Grosso do Sul, tragam a esperança de voltar para as suas cidades de origem com um projeto ou com um recurso para melhorar seus municípios.

“Isso me deu uma característica de ser o campeão das emendas. Porque a gente conseguiu descobrir lá um caminho onde, com bons projetos, é possível conseguir o recurso necessário para realizá-lo. Ninguém arruma nada sozinho, então, se o prefeito não fizer um bom projeto, não estiver dentro do parâmetro dos ministérios, não tem parlamentar que vá conseguir liberar o recurso”, argumentou.

O parlamentar relatou que, devido às eleições do ano passado, neste ano há muitos prefeitos novatos que estão começando o mandato e, normalmente, esses que estão começando trocam a equipe toda para colocar servidores do perfil dele. “E, essas pessoas que estão chegando não têm a experiência daqueles que estão saindo. Por isso, vendo essa necessidade, eu montei uma equipe para ajudar esses caras a fazerem o projeto dentro dos moldes dos ministérios”, explicou.

Nelsinho informou que eles já foram ao seu gabinete para se apresentarem em novembro do ano passado e participaram de um café da manhã junto com o futuro presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), prefeito Talles Tomazelli (PSDB), para alinhar essas questões.

“O pessoal trabalhou o mês de dezembro todo, atravessou o Ano Novo para poder pegar a rapa do tacho, que foi muito produtiva, e os projetos já estão praticamente em ponto de bala para serem liberados agora neste início de ano, logo no início de fevereiro”, anunciou.

BR-163

Ao comentar a situação atual do trecho da rodovia federal BR-163 que corta Mato Grosso do Sul e está sob a concessão da CCR MSVia, o senador defendeu que seja encontrado um ponto de equilíbrio entre as mudanças necessárias e os interesses da administradora da via.

“Observando o lado empresarial de quem está à frente da concessão, a gente tem que achar um ponto de equilíbrio e fazê-los entender que não podemos, no nosso Estado, admitir, por exemplo, o que aconteceu no mês de dezembro, quando seis jovens na faixa de 15 a 20 anos de idade perderam suas vidas”, lembrou.

Ele citou o caso do ônibus onde estava o time de futebol feminino de Camapuã, que retornava para a cidade de origem após disputar um campeonato em São Gabriel do Oeste e foi atingido por um caminhão. Outros exemplos dados pelo senador foram os atropelamentos de um jovem de 20 anos de idade em Bandeirante e do vendedor de salgados em Coxim.

“Então, isso não pode mais acontecer. E quando começou essa confusão, a gente foi cobrar providências. E a gente foi bater no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e, lá, disseram que a via estava sob concessão, portanto, a responsabilidade não era deles. Batemos na CCR, que também disse que o problema não era com eles, mas com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que detém o contrato das lombadas eletrônicas”, revelou, explicando que os radares foram retirados da rodovia e os motoristas de carreta não percebem que estão passando no meio de uma cidade.

Por isso, conforme o parlamentar, para acabar com o jogo de empurra-empurra e o qual permitiu que pessoas perdessem vidas, quer a realização de uma audiência pública no Senado para aparecer o responsável por essa história.

“Não pode só pegar lá um pano branco, tapar a pessoa, botar uma vela e ir embora porque acabou. Não é assim, então, eu vou chamar essa situação para uma audiência pública que já foi aprovada pelo plenário do Senado. A coisa tomou um ar institucional que vai ter que ter uma resposta. E muita gente com autoridade nessa área já está me ligando para poder participar”, informou.

Nelsinho completou que os prefeitos e vereadores das cidades cortadas pela BR-163 em Mato Grosso do Sul também podem participar. “Eles vão poder participar porque a gente já tem na nossa rede social o link de participação. A pessoa pode procurar, mas nós vamos divulgar mais maciçamente, porque vai voltar no início de fevereiro e teremos eleição da mesa diretora lá no Senado”, lembrou, projetando que a audiência deve ser realizada em março.

Telemedicina

Sobre a falta de médicos na saúde pública de todos os municípios de Mato Grosso do Sul, o senador pontuou que, com o avanço da rede digital e da conectividade, que hoje permite reunião com até 500 pessoas por vídeo ao mesmo tempo, a saúde também ganhou.

“A saúde digital, a telemedicina, pode ajudar a amenizar esse problema de falta de médicos no nosso Estado. Sem querer, eu já fazia isso, porque eu sou médico urologista e, volta e meia, algum paciente antigo meu fala, doutor Nelson, eu saí aqui e não usei preservativo, tô com uma ferida aqui, segue a foto para o senhor olhar. Aí eu falei, pô, mas isso aqui tá acontecendo comigo, vamos ampliar esse negócio e, então, estamos ajudando a difundir a telemedicina”, revelou.

Nelsinho Trad destacou que um exame via telemedicina é 40% mais barato. “Você não tem aquela questão de contratar pessoal, que você tem um médico do outro lado da tela, é igual um totem daqueles que você tira a passagem do aeroporto, quando você está para embarcar. Ali você faz a consulta, 80% resolve nessa primeira consulta. Lá em Sonora está funcionando. Sabe o que que ele pôs lá? Neuropediatra. Você acha que é fácil botar um neuropediatra em Sonora?”, questionou.

Ele explicou que está tudo funcionando e com um preço razoável. “Eu peguei o consórcio lá de cima, que conta com 14 municípios, e falei: eu vou botar aqui tantos milhões pra vocês fazerem telemedicina. Agora, várias cidades de lá estão fazendo. Agora, para isso funcionar, tem que ter conectividade. Porque tem cidade do interior, que você não consegue falar pelo WhatsApp. As empresas têm de colocar as antenas e uma coisa vai trazendo benefício em função da outra”, ressaltou.

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