Ainda em continuidade na análise da última pesquisa realizada no período de 4 a 11 de julho pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência sobre a intenção de votos para a Prefeitura de Campo Grande em 2024, o cientista político Antonio Ueno, diretor-presidente do Grupo Ranking, apontou que a Capital deve assistir a maior disputa para o cargo de prefeito ou prefeita do município.
“Assim como foi acirrada a disputa para governador em 2022, no próximo ano teremos bons candidatos que já colocaram seus nomes à disposição e devem disputar a Prefeitura de Campo Grande. Dentre eles, temos a atual prefeita Adriane Lopes (PP), que vem com apoio da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e com a máquina administrativa. Sem contar que ela tem comissionados, professores convocados, secretários municipais e toda a estrutura que uma prefeita de capital dispõe”, reforçou.
Ele acrescenta também que o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) já anunciou a pré-candidatura e tem como trunfo o fato de ter sido prefeito por duas vezes de Terenos (MS). “Inclusive, em uma delas, ele ganhou da senadora Tereza Cristina, que, na época, foi derrotada para um jovem político que surgia no cenário estadual. Agora, mais maduro, Beto Pereira vem com o apoio do PSDB, que conta com o grande articulador Sérgio de Paula, com a popularidade do ex-governador Reinaldo Azambuja e com o preparo do atual governador Eduardo Riedel, ou seja, vem com muita força o candidato tucano”, ressaltou.
Segundo Tony Ueno, esses dois nomes saem na frente porque a direita, que é muito forte em Campo Grande, ainda não definiu um candidato único, tendo como pretendentes o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que já está descartado porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está lhe incentivando a sair candidato a vereador por ter a 2ª maior rejeição na Capital.
“Os outros postulantes ao cargo pela direita são o deputado federal Marcos Pollon e o deputado estadual Coronel David, ambos do PL, sendo que o 2º saiu melhor na pesquisa. Da centro-esquerda, deve vir o locutor e deputado estadual Lucas de Lima (PDT), que está há 36 anos no rádio e tem um eleitorado fiel que lhe garantiu o fato de ser o deputado estadual mais votado de Campo Grande”, lembrou.
O cientista político ainda acrescentou que Lucas de Lima é carismático, bom articulador, agrada toda a classe social, é educado e tem procurado ajudar a Capital com as suas emendas e com o seu programa de rádio. “Ele tem feito uma aproximação muito grande com todas as alas, tanto do Governo do Estado, quanto da Prefeitura de Campo Grande e pode ser um candidato de consenso de grupos”, projetou.
Outro que deve vir candidato, conforme ele, é o ex-governador André Puccinelli (MDB), mas tem a maior rejeição, portanto, a candidatura dele também é inviável, mas ainda continua com seu nome à disposição para a disputa. “Outro que deve vir muito forte é o deputado estadual Zeca do PT, que já anunciou que é o pré-candidato do PT em Campo Grande e já foi governador por duas vezes, vereador de Campo Grande, deputado estadual e deputado federal, tendo uma vasta experiência”, recordou.
Tony Ueno completou que, além disso, a rejeição de Zeca do PT é muito baixa, pois muitos dos funcionários públicos do Estado têm saudades dele porque fez uma excelente administração, foi um bom governador para os grupos sociais, para os professores e para o funcionalismo estadual. “Por isso tudo, ele tende a sair candidato a prefeito em Campo Grande com o apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem em uma crescente na sua administração”, pontuou.
O cientista político ainda cita o advogado Humberto Figueiró, que agora está no Democracia Cristã, um partido pequeno, bem como a também advogada Adriana Ujacow (Rede), que é esposa do empresário Carlos Eduardo Naegele, sócio-proprietário do site Midiamax. “Temos ainda a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), mas, ela está no impasse se deve deixar ou não o comando da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) para concorrer à Prefeitura”, argumentou.
Na avaliação dele, com esses nomes e outros que devem surgir mais adiante, a eleição para a Prefeitura de Campo Grande será uma das mais disputadas da história do município. “Posso afirmar que hoje, nessa eleição, não temos favoritos. Todo mundo tem chance de ir para o 2º turno”, finalizou.
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