Em reunião para discutir políticas públicas sobre o Marco Regulatório do Saneamento, realizada nesta quarta-feira (2), representantes do setor na área pública e privada esclareceram metas e questões pertinentes ao saneamento básico de Mato Grosso do Sul.
Durante coletiva de imprensa, o geólogo e Diretor Presidente da Águas Guariroba, Themis Oliveira, negou que a taxa de Campo Grande seja uma das mais caras do País e esclareceu as diferenças intrínsecas ao setor privado, em comparação com o setor público.
Dados levantados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Mato Grosso do Sul (Sindágua-MS) mostram que Campo Grande é uma das campeãs de preço entre as capitais brasileiras.
Diretor Presidente da Águas Guariroba, Themis Oliveira – Foto: Marcelo Victor
Sobre isso, Themis diz que em tese essa informação não é real. “Em Campo Grande eu tenho uma paridade de 70% no esgoto. De cada consumidor, 70% do valor da tarifa de água é a tarifa de esgoto. No Brasil, em várias unidades, eu mesmo já fui presidente de outras, em que é até 110% da tarifa de água, então essa informação é mais para o embate político do dia a dia, não tenho dúvida disso”, explica o diretor presidente.
Além disso, ele lembra que, em boa parte do país, os investimentos em esgoto foram feitos durante muito tempo com recurso público federal, ou seja, municípios e estados não tinham que devolver para a União, algo diferente da iniciativa privada, que precisa dar retorno aos acionistas.
Outro ponto em destaque na reunião de hoje (2) foi a divulgação de que Campo Grande deve ser a primeira capital do País a atingir a cobertura total de esgoto.
Conforme informado, hoje, a Capital tem uma cobertura de 80% de acesso ao esgoto e de 99,9% de acesso à água.
A nova legislação do Marco Regulatório do Saneamento definiu a meta de ampliar o acesso à água potável para 99% da população até 2033, algo já cumprido em Campo Grande.
Dentro desse mesmo prazo, o tratamento e a coleta de esgoto devem alcançar a meta mínima de 90% de cobertura e, conforme divulgado hoje (2), pelo grupo AEGEA em Mato Grosso do Sul, a meta deve ser cumprida antes do prazo, até 2030.
Saiba mais sobre a reunião
Estiveram presentes o presidente do Instituto AEGEA, Édison Carlos, diretores da Sanesul, Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEMS) e Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos (AGEREG) de Campo Grande, entre outros.