Campanha lançada na ALEMS reduz preço da carne de peixe por 15 dias

A 20ª edição da Semana do Pescado foi aberta oficialmente em Mato Grosso do Sul, em solenidade realizada na manhã desta sexta-feira (1º), no plenário da Assembleia Legislativa. O evento reuniu comunidades tradicionais, pescadores, empreendedores da cadeia produtiva do pescado, lideranças políticas e  representantes de entidades de classe. A campanha pretende aumentar o consumo de pescado e fomentar o setor.

Nos próximos 15 dias, o consumidor sul-mato-grossense poderá encontrar peixes com até 35% de desconto. “Participamos de todas as edições e estamos muito otimistas com as vendas, como foram nos últimos anos. Há três meses estamos negociando com os fornecedores para os produtos chegarem a tempo, conseguimos descontos e diminuímos a margem. São promoções nas postas, nos filés, na carne moída de peixe, na costelinha e no peixe inteiro. As pastelarias estão fazendo combos de pastéis de tilápia, pacu e pintado. Contamos com a participação da população neste evento”, afirmou Cleuber Linares, presidente da Associação do Mercadão.

A Semana do Pescado cresce a cada edição e, hoje, é organizada em todo o país pelo próprio setor produtivo, que observou o consumo passar de 6,5 quilos (por habitante ao ano) para 10 quilos (por habitante ao ano), um aumento de 65%. A programação conta com diversas ações, entre elas, promoções em peixarias regionais, supermercados, festival gastronômico, palestras e encontro de negócios.

O superintendente federal de Pesca e Aquicultura no Estado, o engenheiro agrônomo Julio Buguelo, informou que pretende criar projetos e ações para movimentar negócios e expandir a produção de pescado no Mato Grosso do Sul, assim como acontece na pecuária, avicultura e suinocultura. “Todas essas cadeias têm incentivos do Estado, como os programas Novilho Precoce, Leitão Vida e o Proaves. Precisamos juntar os governos Federal e Estadual para criarmos novas oportunidades para a aquicultura”, destacou.

Outro gargalo do setor, segundo Buguelo, é a cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). “Vamos buscar a desoneração destes impostos sobre a ração usada na alimentação dos peixes, que representam 70% do custo da produção. A medida irá reduzir o preço de venda dos peixes de cultivo aos consumidores, gerar incremento na demanda pelo produto e, consequentemente, na produção de pescado”, disse o superintendente.

De acordo com o Anuário Peixe BR da Piscicultura, lançado em 2023, das 860 mil toneladas produzidas pelo Brasil, 63,9% são tilápia. Segundo o Governo do Estado, no ano passado, Mato Grosso do Sul foi o segundo maior exportador de tilápias do país, com receita de US$ 4,2 milhões, e o 5º em produção do pescado, com 32,2 mil toneladas.

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