O governo brasileiro estima um valor inicial de R$ 300 milhões para cobrir parte dos eventos relacionados ao ano do Brasil na presidência do G20, em 2024.
O montante é o previsto para a organização das reuniões ministeriais preparatórias, em cerca de 15 cidades do Brasil, da cúpula de líderes, a ser realizada no Rio de Janeiro em 18 e 19 de novembro do próximo ano, a hospedagem para a delegação brasileira e transportes.
Segundo fontes do governo envolvidas na organização, esses recursos seriam direcionados a partir de licitações dos ministérios envolvidos na organização do evento. A verba viria do orçamento já existente nas pastas. O governo brasileiro fala em um G20 “modesto” ou “austero”.
Como comparação, a presidência da Índia no G20, que teve reuniões preparatórias em mais de 60 cidades, teve previsão orçamentária de 9,9 bilhões de rúpias (quase R$ 600 milhões), além de 41 bilhões de rúpias (R$ 2,5 trilhões) na cidade sede, Nova Déli.
O valor foi anunciado pelo ministro indiano da União, Meenakshi Lekhi, no sábado (9) em publicação no X (ex-Twitter) e se refere a despesas de organização do evento, segurança e melhorias em estradas e infraestrutura.
No total, as despesas indianas equivalem a mais de dez vezes o orçamento previsto pelo governo brasileiro para parte dos eventos do G20 no ano que vem. A Alemanha, que presidiu o bloco em 2017, gastou € 72 milhões (R$ 383 milhões, em valores atuais). A Argentina, em 2018, desembolsou US$ 118 milhões (R$ 585 milhões).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu das mãos do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o martelo que simboliza o comando do G20, neste domingo (10). O petista também anunciou o lema do Brasil na presidência do grupo: “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”.
A cerimônia foi simbólica, uma vez que o Brasil só assume a presidência do G20 formalmente em 1 de dezembro. “Vamos fazer um esforço para fazer uma cúpula pelo menos igual a esta da Índia”, disse Lula, elogiando os anfitriões em Nova Déli.