Ao analisar pesquisa, cientista político vê que disputa pela Prefeitura da Capital ainda está aberta

O cientista político Antonio Ueno, diretor-presidente do Grupo Ranking, analisou a última pesquisa realizada no período de 4 a 11 de julho pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência sobre a intenção de votos para a Prefeitura de Campo Grande em 2024 e constatou que a disputa pelo cargo ainda está aberta no município.

“Foram feitas 1,2 mil entrevistas em Campo Grande e, com o passar do tempo, o quadro apresentou algumas mudanças na comparação com o levantamento realizado no mês de abril deste ano. Na avaliação da Câmara Municipal da Capital, os vereadores Carlão (PSB), Professor Juari (PSDB) Silvio Pitu (PSD) e Professor Riverton (PSD) continuam liderando as avaliações mais positivas”, pontuou.

Com relação à intenção de votos para vereador, Tony Ueno afirmou que a renovação na Casa de Leis ainda está acima de 50%. “Se as eleições fossem hoje, a Câmara Municipal de Campo Grande teria em torno de 14 a 16 novos parlamentares dos 29 que compõem a Casa de Leis do município”, projetou.

Já no caso da prefeita Adriane Lopes (PP), conforme o cientista político, ela continua com uma aprovação positiva, embora tenha herdado vários problemas do prefeito anterior. “Mas ela já está conseguindo implantar um ritmo de ações que está beneficiando a sua administração”, argumentou.

Analisando os números da pesquisa, ele vê que Adriane Lopes já está em ritimo crescente com as participações da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e do vereador João Rocha (PP), que está na Secretaria Municipal de Governo. “A gestão da prefeita começou a ter sua marca já pensando também na reeleição do próximo ano”, declarou.

Tony Ueno completou que, mesmo fazendo mais ações no interior do Estado do que em Campo Grande, o governador Eduardo Riedel (PSDB) apresentou boa aprovação com os eleitores da Capital. “A surpresa é em relação ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, através do novo Bolsa Família e do combate à inflação, já começa a ganhar destaque em Campo Grande”, analisou.

O cientista político explicou que o presidente Lula tem uma avaliação positiva muito grande graças à queda dos preços da carne, dos combustíveis e dos produtos alimentícios. “A estabilidade da economia já está refletindo em sua avaliação”, assegurou.

Disputa pela Prefeitura

Na avaliação das intenções de votos para a Prefeitura de Campo Grande em 2024, Tony Ueno avaliou que o grande destaque é o deputado estadual Zeca do PT, justamente pela boa atuação e aprovação do presidente Lula.

“Se continuar nesse ritmo, o Zeca do PT é um forte candidato a estar no segundo turno das eleições do próximo ano. Outro que vem com avaliação muito positiva é o deputado estadual Lucas de Lima (PDT) devido ao fato de não ter rejeição e de sua faixa eleitoral estar entre pessoas de 40 a 60 anos de idade, a maioria mulheres ouvintes de rádio”, revelou.

Ele ressaltou que essas eleitoras não devem mudar os seus votos e pertencem uma faixa da classe social entre C e D, que tem uma grande simpatia pelo Lucas de Lima, que foi um dos deputados estaduais mais votados de Campo Grande. “Já a prefeita Adriane Lopes deve estar no segundo turno devido a máquina, por ter bons secretários municipais e contar com a participação da senadora Tereza Cristina”, pontuou.

O cientista político ainda acrescentou que é possível verificar que a prefeita tem recebido uma atenção especial do deputado federal Vander Loubet (PT-MS), que tem procurado ajudar a administração municipal. “Outra que também tem procurado ajudar a administração municipal é a ex-deputada federal Rose Modesto, que está no comando da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), e, com isso, começou a ganhar força já pensando nas eleições de 2024”, verificou.

Tony Ueno ainda citou outros dois candidatos que precisam ser destacados, que são o deputado estadual Coronel David (PL), que seria hoje o candidato da extrema direita mais bem avaliado, e o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), que vem em uma crescente muito grande devido ao fato de pertencer ao “ninho tucano” e ter recebido o apoio do presidente nacional da sigla, Eduardo Leite, que esteve recentemente em Campo Grande.

“Isso fez com que a projeção para as intenções de votos do Beto Pereira viesse a crescer muito para as eleições de 2024, ou seja, as eleições do próximo ano estão abertas e todos têm grandes chances de estar no segundo turno”, projetou.

Rejeição

O cientista político também fez questão de analisar o quesito rejeição, cujo líder é o ex-governador André Puccinelli (MDB), com 25%, seguido bem de perto pelo ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).

“Por esses percentuais, as candidaturas de André e do Contar hoje são inviáveis. O ex-governador lidera a rejeição devido a todos os problemas que enfrentou nos últimos anos, como o uso de tornozeleira eletrônica, prisão e por responder a vários processos por corrupção na Justiça”, recordou.

Já o Capitão Contar, conforme Tony Ueno, tem uma rejeição muito grande devido ao fato de ter declarado que queria acabar com a esquerda em Mato Grosso do Sul. “Ele tem essa rejeição também pelo enfrentamento com o governador Eduardo Redel nas eleições gerais que foram disputadas no fim do ano passado”, constatou.

A surpresa, de acordo com ele, é em relação à queda do percentual de rejeição do Zeca do PT, que já esteve na casa dos 20% e hoje caiu para 11%. “Ele já começa a ficar cada vez mais competitivo, enquanto os demais candidatos todos tem abaixo de 10%, o que é praticamente uma rejeição nula. Em destaque que não têm rejeição, temos a Rose Modesta, o Lucas de Lima, a prefeita Adriane Lopes, Beto Pereira e o Coronel Davi”, finalizou.

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