Dr. Lívio apresenta relatório da Primeira fase da CPI do transporte público de Campo Grande

Assessoria

O presidente da CPI do Transporte Coletivo, vereador Dr. Lívio, apresentou nesta segunda-feira (14) o relatório da Primeira Fase dos trabalhos, que reúne a análise documental e o diagnóstico inicial. Essa etapa foi realizada por meio de requerimentos enviados às partes envolvidas e da coleta das principais reclamações da população sobre o transporte público de Campo Grande, recebidas pelos canais da Câmara Municipal.


O relatório da Ouvidoria da CPI revela uma série de problemas estruturais no serviço prestado aos usuários. A principal queixa é a superlotação, com ônibus operando acima da capacidade, especialmente em horários de pico, comprometendo o conforto e a segurança. Além disso, os atrasos constantes e a irregularidade nos horários dificultam a rotina de trabalho, estudo e compromissos dos passageiros.

Outro ponto crítico é a má conservação da frota, com veículos apresentando goteiras, bancos quebrados e elevadores inoperantes, o que afeta diretamente a acessibilidade, principalmente para pessoas com deficiência, que enfrentam dificuldades recorrentes para embarcar. A falta de ônibus em várias regiões e a retirada de linhas agravam ainda mais o problema, aumentando o tempo de espera e dificultando o deslocamento.


A falta de fiscalização nos terminais e pontos contribui para a desorganização, enquanto os altos preços das passagens são vistos como abusivos diante da baixa qualidade do serviço. A infraestrutura dos terminais também é alvo de reclamações, com instalações sujas, malcuidadas e sem conforto mínimo. A ausência de ar-condicionado em linhas longas e lotadas é outro fator de desconforto, especialmente em dias quentes. Por fim, o relatório critica o monopólio do Consórcio Guaicurus, que segundo usuários e trabalhadores, não incentiva melhorias no sistema.


“A Conclusão desta primeira fase evidencia uma crise no sistema de transporte público, vista pela população como insustentável e prejudicial à qualidade de vida da população”, explicou o vereador Dr. Lívio.
No total, foram recebidas 368 denúncias e enviados 64 requerimentos, dos quais apenas três receberam a devolutiva até agora. Um deles versa sobre o balanço patrimonial do Consórcio Guaicurus, que enviou apenas os dados relativos a 2024, sendo requerido novamente os dados de 2020, 21, 22 e 23.


As primeiras oitivas começarão na última semana de abril com o depoimento de dois especialistas em mobilidade urbana e transporte público: Maria Lúcia Torrecilia, arquiteta e urbanista pela UFMS e Gabriel Santos da Silva.
“A população não pode mais ser refém de um serviço caro, ineficiente e excludente”, afirmou o vereador Dr. Lívio.
Composta por Cinco fases, a CPI deve prosseguir cumprindo rigorosamente o cronograma.

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