Aeroporto Dourados/Homologação
A Prefeitura de Dourados tem até este sábado (30) para entregar ao Exército Brasileiro a
documentação necessária à abertura do processo de homologação do aeroporto municipal
‘Francisco de Mattos Pereira’, fechado para pousos e decolagens no município há, pelo menos,
três anos, quando o espaço foi interditado para receber obras de ampliação e melhorias no
pátio interno.
O Exército precisa desse apoio para viabilizar o PAPI [sistema de iluminação instalado ao lado
da pista que indica aos pilotos em aproximação se estão na altitude correta para o pouso] e a
EPTA (Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo), responsável
pelo tráfego aéreo e informações de vôo.
A partir desses instrumentos, e a adequação do sistema, o piloto sabe se está mais baixo ou
mais alto em relação ao ângulo que deve manter nessa fase sensível do voo. A EPTA consiste
na habilitação de Controladores de Tráfego Aéreo, Operadores de Sala de Informações
Aeronáuticas e Meteorologistas, implantação do Sistema de Gerenciamento da Segurança
Operacional e implantação dos Auxílios à Navegação, Visuais e Meteorológicos.
No final do ano, o Exército, que se encarregou do serviço em Dourados por meio do 9º. BEC
(Batalhão de Engenharia e Construção) informou que a pista está concluída, dependendo da
homologação para pousos e decolagens por parte do Município junto à Anac, a Agência
Nacional de Aviação Civil.
Preocupação
Na sexta-feira (22) passada, durante participação na cerimônia de passagem de direção no
DOF (Departamento de Operações de Fronteira), em Dourados, o comandante do CCOp (o
Centro de Coordenação de Operações do CMO-Comando Militar do Oeste), general Valério
Luiz Lange, confirmou ao vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha) a preocupação
com o cumprimento desses prazos.
“O Exército precisa dessa documentação em mãos para protocolar junto à Anac que depois
ainda vai precisar de um intervalo de 45 dias para analisar todo o processo e, só depois,
autorizar a homologação do nosso aeroporto que, aí sim, poderia retomar as operações a
partir de junho”, comentou Barbosinha, que presidiu a troca de comando, do coronel Everson
Antônio Rozeni para o tenente coronel Wilmar Fernandes.
O vice-governador se manifestou junto ao general do CMO no sentido de colocar a estrutura
do Estado à disposição para agilizar esses procedimentos. “É preciso, porém, que o Município
reconheça eventuais dificuldades nesse sentido e peça o apoio do Governo”, observou.
“Desde o princípio, e ainda mais considerando a lentidão com que vem ocorrendo essas obras
no aeroporto, já nos colocamos à disposição da Prefeitura para ajudar, no que for necessário,
de forma que o desenvolvimento de Dourados não venha a ser mais prejudicado ainda pela
falta de um terminal para pousos e decolagens, sobretudo, do empreendedor que procura
nossa região para novos investimentos”, ressaltou Barbosinha.