O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), juntamente com a Brigada Alto Pantanal, ajudou ribeirinhos e guatós, moradores da Aldeia Uberaba, no deslocamento para a escola Jabotazinho, para realizarem o curso de piloteiro. As aulas começaram ontem (26) e seguem até 30 de janeiro.
A viagem, pelas curvas do rio na região da Serra do Amolar, teve duração de mais de cinco horas, entre a Aldeia Uberaba e a escola Jatobazinho, com 12 guatós a bordo. Em outra embarcação foram transportados mais 12 ribeirinhos.
Para realizar a viagem são necessários cerca de 1,5 mil litros de combustível, para o percurso de ida e volta. No total, o curso tem 60 inscritos, moradores das regiões do Amolar, Porto Binega, Chané, Bonfim, Barra do São Lourenço e Aldeia Uberaba.
A Prefeitura de Corumbá, com o programa Povo das Águas, promove a atividade com a Marinha do Brasil, por meio da Capitania Fluvial do Pantanal, e tem o apoio da Acaia Pantanal.
Além de criar oportunidade de geração de renda para os moradores de comunidades nesse território longínquo do bioma pantaneiro, obter a certificação de piloteiro garante mais segurança na navegação na região do Alto Pantanal.
“É importante eles se qualificarem para terem novas opções de renda, principalmente dentro do propósito do IHP e parceiros, como o Sebrae/MS, de desenvolver, de forma sustentável e com foco no ecoturismo, a região do Alto Pantanal. Em 2023, tivemos capacitação de ribeirinhos para que eles pudessem atuar como ‘condutores de ecoturismo’, e tivemos parceira do Instituto Localiza e apoio do Instituto Agwa. Ter a autorização para pilotar é mais uma forma de eles poderem atender turistas, levando-os para avistamentos de animais selvagens, aves, realizar banhos no Paraguai-mirim, etc. Amplia as oportunidades e gera alcance para mais de uma centena de famílias desse território”, explica a socióloga no IHP, Wanessa Rodrigues.
Fundado em 2002, em Corumbá (MS), o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na gestão de áreas protegidas, no desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e na promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.