Fora de comissão, deputado quer fazer ‘investigação paralela’ na Cassems

O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) apresentou requerimento na Assembleia Legislativa solicitando informações sobre a gestão da Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems).

Tavares chegou a coletar assinaturas para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia, mas não conseguiu o número necessário para abertura porque os deputados optaram por formar uma comissão para resolver o déficit na instituição.

A comissão conta com cinco deputados, mas Rafael Tavares acabou ficando fora e agora quer fazer uma “investigação paralela” das contas da Cassems.

Entre os pedidos, apresentados em requerimento, a relação de contratos de publicidade dos últimos cinto anos, com os valores pagos e notas fiscais; relação de contratos de serviços terceirizados dos últimos cinco anos; copiado livro razão da Cassems com dados dos últimos cinco anos e contratos e convênios celebrados com clínicas e empresas que fornecem serviços odontológicos.

“Eu propus uma CPI para investigar a Cassems e fizeram uma comissão sem a minha participação. Parece que estão escondendo alguma coisa. Por isso, vou continuar buscando apoio para a CPI e tentando ter acesso aos documentos através de requerimento. Não vamos desistir de abrir a caixa-preta da Cassems”, justificou.

Comissão

A comissão de deputados criada na Assembleia Legislativa para encontrar uma solução para o déficit na Cassems fará um encontro com o governador Eduardo Riedel (PSDB), se possível já nesta quarta-feira.

O presidente da comissão, e também líder do governo, deputado Londres Machado (PP), se comprometeu a falar com o governador para intermediar a agenda, que tem como principal objetivo conseguir ajuda financeira do governo para aliviar a crise financeira que levou a acréscimo de até 40% na contribuição.

Para conseguir o recurso, os deputados justificaram o investimento de R$ 290 milhões que a Cassems alega ter feito para suportar a pandemia, sem ter recebido aporte financeiro. Segundo Ricardo Ayache, a Cassems tem um passivo de R$ 190 milhões e R$ 90 milhões em caixa, o que resulta em um desequilíbrio de R$ 60 milhões.

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